É necessário realizar uma avaliação Neuropsicológica sempre que o paciente perceber perdas relacionadas à memória, atenção, dentre outras funções neuropsíquicas (linguagem, motricidade, raciocínio lógico, etc). Esta avaliação muitas vezes é solicitada pelo médico neurologista como complemento de exames para fechamento de certos diagnósticos. De acordo com a médica Dra. Maria das Graças Brasil (sumidade em Neuropediatria) a Avaliação Neuropsicológica é a Investigação padrão Ouro da Neurologia.
O profissional que realiza tal avaliação é um Psicólogo que fez uma Especialização em Neuropsicologia. A Avaliação Neuropsicológica tem a duração de mais ou menos 8 sessões e sua duração dependerá de dois fatores: tempo gasto pelo paciente na aplicação de cada teste; a necessidade de investigar mais áreas ou verificar de forma mais pormenorizada algum aspecto já avaliado inicialmente por outro teste.
Através do uso de instrumentos (testes, baterias, escalas) padronizados para avaliação das funções cognitivas, o Neuropsicólogo irá pesquisar o desempenho de habilidades como atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, repertório comportamental, funções motoras e executivas. Esse diagnóstico tem por objetivo coletar os dados clínicos para auxiliar na compreensão do comprometimento funcional neurológico assim como a extensão das perdas que cada patologia provoca no sistema nervoso central de cada paciente. Mas possibilita também identificar as áreas preservadas e explorar as funções neuropsíquicas intactas. Em crianças e adolescentes em idade escolar, este diagnóstico é muito utilizado para entender a origem das alterações comportamentais, os prejuízos no desempenho escolar, dificuldades de aprendizagem ligadas às áreas de leitura, escrita, matemática, com foco na investigação de problemas como atenção, concentração, compreensão, memória, linguagem, dentre outras funções neuropsíquicas. A partir desta avaliação Neuropsicológica é possível estabelecer tipos de intervenção, de reabilitação particular e específica para indivíduos e/ou grupos de pacientes com disfunções adquiras ou não, genéticas ou não, primariamente Neurológicas ou secundariamente a outros distúrbios (dentre eles os Psiquiátricos).